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Arquitetos: ROOVICE
- Área: 60 m²
- Ano: 2023
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Fotografias:Akira Nakamura
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Fabricantes: Electrolux, Ikea, LIXIL , Shigeru, Toli, Yabuhara, toolbox
Descrição enviada pela equipe de projeto. A Casa Ōmori, uma residência de dois andares e 60 anos localizada no bairro Ōta, em Tóquio, é um exemplo marcante do patrimônio arquitetônico local. Com uma estética retrô, a casa se integra perfeitamente ao seu entorno, refletindo a história e o charme da região.


Após abrigar um inquilino por muito tempo, o imóvel ficou vazio por mais de 10 anos devido à sua idade e às preocupações do proprietário sobre a viabilidade de sua venda. Porém, em uma reviravolta positiva, o proprietário conheceu nossa iniciativa Kariage, que revitaliza e subloca imóveis antigos e desocupados sem custos para o dono. A proposta oferece uma solução criativa para o crescente problema das casas vazias no Japão, conhecidas como akiya.


O maior desafio foi a limitada entrada de luz natural pela fachada sul da casa. Para resolver isso, focamos na remoção de divisórias e elementos desnecessários, transformando os andares em espaços amplos e fluídos, permitindo que a luz e o ar circulassem livremente pelo interior.


No térreo, retiramos as tábuas de teto para expor a estrutura de madeira, criando um contraste com a bancada de cozinha moderna, feita sob medida com azulejos brancos e piso de azulejos cinza. O azul foi escolhido como destaque e aplicado nas linhas de rejunte da cozinha e na porta de correr do banheiro, criando um equilíbrio entre o frescor contemporâneo e a tradição do espaço.

No andar superior, preservamos a essência japonesa ao manter os tatames e as tábuas de teto, mas removemos as divisórias para criar um layout aberto. Realocamos o banheiro para o andar inferior, o que permitiu a criação de um closet que também serve como espaço de trabalho. Além disso, uma janela voltada para o sul, antes bloqueada, foi revelada, permitindo a entrada de luz natural.



A continuidade entre os andares foi reforçada pelo piso de azulejos uniforme na área próxima à escada. As janelas de vidro fosco da era Shōwa foram preservadas, não apenas por seu valor estético, mas também para garantir a privacidade dos moradores, unindo de forma harmoniosa a herança histórica e a funcionalidade do espaço.
